sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Na Tela: A Colina Escarlate

Apaixonada pelo misterioso Sir Thomas Sharpe (Tom Hiddleston), a escritora Edith Cushing (Mia Wasikowska) muda-se para sua sombria mansão no alto de uma colina. Habitada também por sua fria cunhada Lucille Sharpe (Jessica Chastain), a casa tem uma história macabra e a forte presença de seres de outro mundo não demora a abalar a sanidade de Edith.

Avaliação: ☻☻☻☺☺ (3/5)           1h59min           Guillermo del Toro

Como a própria personagem disse: "Essa não é uma história sobre fantasmas, é uma história com fantasmas". Faço das suas palavras sobre o seu livro, minhas sobre esse filme.

Edith acredita em fantasmas, já os viu, a alertaram para tomar cuidado com uma tal Colina Escarlate, hoje eles estão presentes em seus livros, os quais sonha publicar. Um dia o charmoso e sedutor Sir Thomas Sharpe aparece em sua vida e acaba roubando o seu coração, apaixonada, após o casamento vai morar com ele e sua estranha irmã na velha casa de sua família, que só mais tarde descobre ser chamada de Colina Escarlate.
Primeiro de tudo, tire da sua cabeça que esse é um filme de terror, ele passa longe disso, é possível se receber alguns sustos ao longo dele, mas esse não é o seu papel, nem seu objetivo. Quem procura um filme de terror deve dar meia volta ao vê-lo, pois A Colina Escarlate trata-se de um belo romance gótico, no melhor estilo "old school", como costumam chamar, fazendo homenagem ao estilo tão amado pelo próprio direto, como na troca de cenas.
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Aliás, quem conhece Del Toro sabe do seu trabalho visual nos filmes, e em A Colina Escarlate não é diferente, cada cena possui uma incrível fotografia, o aspecto sombrio e a história são completadas pelos cenários e figurinos, transformando-o em um espetáculo encantador e em um filme visual. O roteiro é bem fraco, todos os mistérios são descobertos bem antes de suas revelações e os espectadores mais atentos ou descobriram logo no inicio da trama, a impressão passada é que primeiro foi-se projetado o mundo, a casa, o cenário, o figurino, para depois inserir-se o roteiro, o que tornou o filme totalmente dependente de suas imagens, como na metáfora das borboletas, onde claramente a Edith é a borboleta, veste-se com suas cores, e os irmãos Sharpe são as mariposas.
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Porém, nem mesmo um roteiro fraco tira o mérito de seus atores, Tom Hiddleston é perfeito como Thomas, consegue ser charmoso, sedutor, sombrio, leve e subordinado. Jessica Chastain está irreconhecível de sua personagem em Interestelar ou Histórias Cruzadas, incrível como ela consegue mudar tanto conforme o papel, nem as expressões são as mesmas. Já a Mia não decepciona, mas também não é nada de mais, e em alguns momentos parecia que eu a estava vendo em Alice, pela roupa, expressão, cabelo e posição, parecia que estava prestes a atacar o Jaguadarte, algo decepcionante se comparar aos outros atores.


Não tem como saber que tipo de pessoa gostaria desse filme, terror não é, mas também não trata-se  de um romance típico, parece uma mistura dos belos cenários do último A Bela e a Fera e a primeira temporada de American Horror Story. A trama é previsível, porém são ótimos personagens e uma fotografia única que te faze ignorar os poréns e se perder em meio a tanta beleza.

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