Diário de uma Bloggeira: Resenha: O Segredo de Emma Corrigan

Em O Segredo de Emma Corrigan , Sophie Kinsella segue a receita que fez da série Os delírios de consumo de Becky Bloom sucesso de público - foram mais de 35 mil exemplares vendidos só no Brasil - e crítica. Com humor e muito charme, ela nos apresenta a Emma, uma inglesa perto dos 30 anos, mas longe de uma definição na vida. Na memória ela guarda situações ultraconfidenciais: como perdeu a virgindade enquanto os pais assistiam Ben-Hur na sala de TV, o que pensa sobre o namorado, as peças que prega nos colegas de escritório, seu peso real. Funcionária Júnior da Panther Corporation, uma empresa de produtos energéticos e esportivos com filiais por toda Grã-Bretanha, Emma vai a Glascow participar da reunião de marketing sobre um novo refrigerante, a Panther Cola. O que parecia uma grande oportunidade profissional se transforma num pesadelo. Como se não bastasse ter derramado a bebida num superior, seu vôo de volta para casa quase cai. Em momentos de tensão as pessoas fazem as coisas mais estranhas. E Emma Corrigan não é exceção. Acreditando estar a um passo de uma morte trágica, ela conta todos os seus pequenos pecados para o passageiro ao lado. Afinal, qual a probabilidade de vê-lo de novo? Ainda mais com vida? Mas o destino decide brincar com a protagonista: o avião pousa em segurança e o distinto cavalheiro nada mais é que o fundador e presidente da empresa onde trabalha. E além dos segredos pessoais, Emma abriu o verbo sobre todos os colegas da Panther e suas estratégias para enrolar no serviço. Para recuperar o respeito profissional - e voltar às boas com o pessoal do escritório - Emma se mete nas situações mais inusitadas, quase novelísticas. Mas com as quais todas as mulheres acabam se identificando.

Avaliação: ☻☻☻☺☺ (3/5) 384 Páginas Record

Livros da Sophie Kinsella sempre são uma boa pedida para descontrair algo muito sério como a Maratona, porém nem sempre conseguem render todas as gargalhadas pretendidas.

Emma Corrigan esconde segredinhos que não fazem mal a ninguém, como o seu verdadeiro tamanho para o namorado, a nota verdadeira no seu currículo, que sempre trava a copiadora e que a foto de uma bunda que acharam lá é dela, coisas que só a envergonhariam. Porém, enquanto voltava para casa após uma viagem a negócios, o avião sofre uma terrível turbulência, medrosa do jeito que é Emma acha que vai morrer, e acaba contando absolutamente TUDO que esconde para o passageiro ao seu lado. Quando se dá conta do que fez nem se importa, afinal nunca mais irá vê-lo na vida, só que quando vai trabalhar no dia seguinte descobre que ele é o dono da empresa.

As vezes é melhor se deixar levar e ver o que acontece.

Premissa engraçada e que promete muitas gargalhadas, assim pode ser descrita a sinopse desse livro, pena que ele não cumpre tudo o que promete. Na realidade, esse minha afirmação ficou meio dura, deixe-me refazer: Pena que não cumpre tudo que prometem sobre ele. A maioria das pessoas que leram esse livro falavam que era o mais engraçado da Sophie, que a barriga doeu de tanto que gargalharam, que era melhor que Fiquei com o Seu Número (livro que me matei rindo), então fui cheia de expectativa e sede ao pote, acabei me decepcionando. O livro é engraçadinho, em alguns momentos arranca gargalhadas, mas pude conta-los nos dedos de uma mão, porém não é motivo para todo esse alvoroço.

O mundo não é tão ruim, afinal de contas. É só uma questão de ser positiva.

O enredo é meio Cinquenta Tons de Cinza, porque - como todos já devem suspeitar - a Emma se envolve com o chefe dela/cara-que-sabe-tudo-sobre-ela, e ele tem um perfil a la Christian Gray, ricaço poderoso, e ela é uma mulher um tantinho simples/nada de mais/fracassada, tipo a Anastácia. Mas isso não é exclusividade desse livro, acontece na maioria dos chick-lits, é clichê, mas clichês existem porque funcionam, certo? O romance consegue envolver bem o leitor.