sexta-feira, 24 de julho de 2015

Livro vs Filme: Insurgente

Depois que comecei o Livro vs Filme nunca mais fiz um Na Tela para a adaptação cinematográfica de alguma obra que eu tenha lido. Demorei muito, mas finalmente fiz a postgem de Insurgente. Indico a leitura desse post somente para quem já leu o livro ou viu o filme.

No livro da Verônica Roth o foco da narrativa, do livro é voltado para tentar se libertar da Janine, para por um fim na caça aos Divergentes, e lá no final aparece aquela caixa. Já no filme, o foco é a caixa/cilindro/seja-lá-o-que-for, a Janine fez tudo por causa daquilo, as esperiencias são para abrir aquilo, mal toca-se nos outros assuntos, principalmente na luta interna de cada um.


No livro vemos uma Tris traumatizada com os acontecimentos, sem sequer poder tocar em uma arma direito, ela passa muita angustia entre contar ou não o que ela fez com o amigo, e por fim resolve revelar por vontade própria através do soro da verdade, mesmo tendo a opção de não obedecer ao soro. Ao contrario da adaptação, em que a Tris não tem sequer um trauma e a questão do Will é debatida por pouquissimo tempo, enrrola o Quatro só uma vez e ela socumbe ao soro. Aliás, o Quatro sempre soube da mãe do filme, ser o "principe" dos sem facção não é nenhuma surpresa para ele.

O único personagem em que focaram um pouco mais na questão psicologica foi o Caleb, novamnte ao contrario do livro. No filme vemos evidencias do que ele irá fazer, vemos expressões, movimentos, falas, atitudes que acabam por não deixa tão surpreendente e inesperada a traição dele. Infelizmente isso afetou um pouco o impacto da revelação, mas ainda houve um pouco da sensação do livro. O lado positivo (talvez para o desdobramento da série) foi que ele pareceu estar preocupado depois, sentir um pequeno arrependimento.

Fica obvio a inteção de tornar o filme mais politico, por isso cenas que podem parecer marcantes e fundamentais para o leitor - como a da Tris meio "doidona' por causa do soro da amizade, a surra que o Quatro dá no pai, etc. - foram deixadas de lado, pois elas não contribuem para o desenrolar politico da obra. E esse foco novo pode ser muito bom, dá uma chance de o leitor ter surpresas no filme, e também pode deixa-lo muito mais consistentes e com menos falhas do que a obra original.

Outras considerações sobre a obra são a vontade de criar uma tenção sexual desnecessária nessa hora. Os efeitos especiais desse filme também estão incriveis, e aliados a ideia posta pelo filme de que a Tris é a escolhida, de que só ela poderia abrir a caixa porque domina as cinco facções (o que não existe no livro, já que nele ela não se encaixa na Verdade e na Amizade) lembrou um pouco Matrix... Se essa foi a intenção não sei.

Livro e filme apesar de serem muito parecidos, conseguiram diferenciar-se totalmente no foco, e ambos são bons a sua maneira. Qual prefiro? Sabe que não sei, o livro é sempre mais completo, mas o filme tem menos falhas. E você? Qual prefere?

Leia Também:
- Resenha: Insurgente
- Resenha: Convergente
Na Tela: Divergente

2 comentários:

  1. Oi Karine! Primeira vez aqui no seu blog xD
    Pra ser sincera é verdade que os filme e livro divergem bastante, mas pra ser sincera: não gostei de nenhum dos dois! Em quase todo o tempo no livro a Tris só pensava em uma forma de deixar de existir, já no filme, na minha concepção pelo menos, teve muito efeitos especiais esnecessários, mas faltou história ou focar na história dos personagens ou em seus demônios internos, não sei. Porém, não gostei. Amei o primeiro filme, foi ele que me fez ter vontade de ler os livros da série, mas Insurgente deixou muito a desejar!

    http://estantedeumafangirl.blogspot.com.br/

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    1. Oi, Daniele, obrigada pela visita!
      Vixe, pior que não posso nem contestar o que você disse, faltou tudo isso mesmo. Sim, a Tris nesse livro me deu vontade de dar uns tapas na cara as vezes haha.
      a
      Alguns acontecimentos da série eu odiei, quis matar a escritora , mas em geral gostei dela, porém já ouvi ou li comentários de muitas pessoas que não gostaram ou que foram que nem você, gostaram do primeiro, o segundo deixou a desejar... se você seguir o padrão irá ODIAR Convergente, nem leia, se ainda não leu, esse é o meu conselho haha.
      Beijos.

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