Resenha: A Joia - Amy Ewing

Joias significam riqueza, são sinônimo de encanto. A Joia é a própria realeza. Para garotas como Violet, no entanto, a Joia quer dizer uma vida de servidão. Violet nasceu e cresceu no Pântano, um dos cinco círculos da Cidade Solitária. Por ser fértil, Violet é especial, tendo sido separada de sua família ainda criança para ser treinada durante anos a fim de servir aos membros da realeza. Agora, aos dezesseis anos, ela finalmente partirá para a Joia, onde iniciará sua vida como substituta. Mas, aos poucos, Violet descobrirá a crueldade por trás de toda a beleza reluzente - e terá que lutar por sua própria sobrevivência. Quando uma improvável amizade oferece a Violet uma saída que ela jamais achou ser possível, ela irá se agarrar à esperança de uma vida melhor. Mas uma linda e intensa paixão pode colocar tudo em risco! Em seu livro de estreia, Amy Ewing cria uma rede de intrigas e reviravoltas na qual os ricos e poderosos estão mais envolvidos do que se possa imaginar, e onde o desejo por saber o destino de Violet manterá o leitor envolvido até a última página.

Avaliação: ☻☻☻☻☺(4/5)                                    352 Páginas                                                LeYa

Após uma mutação sem motivo descoberto ter impossíbilitado as mulheres da Joia terem filhos, elas viraram-se para as moças dos circulos mais pobres, as quais uma mutação permite que elas desenvolvam pressagios, além de serem ferteis. Violet é uma dessas moças, quando chegou a puberdade foi tirada  dos seus pais e colocada em uma especie de internato para ser treinar os seus pressagios até chegar a idade certa de ser leiloada para alguém da joia, e se tornar a sua substituta.

Hoje é meu último dia como Violet Lasting

Como mencionado a cima, A Joia me lembrou bastante A Seleção, principalmente a parte politica. O livro se passa na Cidade Solitaria, governada por uma monarquia (a Joia), e dividida em cinco circulos, a nossa protagonista, Violet, pertence ao circulo do Pantano, o mais pobre deles. A partir daí os dois começam a se diferenciar, e percebe-se que A Joia seria uma versão bem mais sombria e inumana do outro, ou seja, A Seleção pode muito bem ter sido usado como livre inspiração para o ponto de partida.

Um: ver o objeto como é.

Dois: ver o objeto em sua mente.

Três: submetê-lo à sua vontade.

Quando digo que é "sombrio e inumano" não estou exagerando, ele realmente é assim. Nem nos meus maiores devaneios conseguiria me imaginar no lugar da Violet e ficar tranquila com aquela situação, jamais conseguiria ser somente um corpo comprado para servir como barriga de aluguel, sem sequer poder opinar ou saber quando acontecerá, sem a minha opinião importar, só de pensar nisso sinto nauseas. O fato de se comprar pessoas, de pensa-las como posse ou como uma animal de estimação que você coloca na coleira e sai exibindo por aí nem comento, se estivesse no lugar da protagonista já teria virado a mesa a muito tempo, ou enchido a cara da Duquesa de tapas.

Sinto vontade de rasgar com as unhas a toalha de renda sobre a mesa. Ela fala como se devêssemos estar honradas, como se tivéssemos escolha. Não quero ter o filho de ninguém, nem da Eleitora, nem de outra pessoa. Não quero ser vendida amanhã.

Servindo como um sopro de ar fresco, temos o romance da Violet com... alguém (é spoiler, desculpem-me). O amor dos dois, a história deles é muito arrebatadora. e chega a ser incrivel como no meio de tanta tansão consegue-se ainda suspirar com um romance proíbido.

A voz dele é um grunhido.

 - Fala como se eu estivesse acostumado ao que nós... ao que pensei que tivéssemos. 

Sexo, ah, sim, eu sei sobre isso, e luxúria, mentiras e traição. Mas isto? - E aperta 

meu pulso com mais força. - Arrisco minha vida cada vez que estou com 

você. Entende isso? Se formos pegos, eu serei executado.

Mesmo não figurando entre minhas leituras favoritas e de passar longe da minha lista de releituras (não gosto de sofrer duas vezes), estou anciosa pelo próximo volume e querendo saber o que acontecerá após aquele final.

Beijos

- Kah