sexta-feira, 15 de maio de 2015

Na Tela: Uma Longa Jornada

Aos 91 anos, com a saúde debilitada e sozinho no mundo, Ira Levinson (Alan Alda) sofre um acidente de carro e se vê abandonado em um lugar isolado. Ele luta para manter a consciência e passa a ver sua amada esposa Ruth (Oona Chaplin), que faleceu há nove anos. A poucos quilômetros de distância, a bela Sophia Danko (Britt Robertson) conhece o jovem cowboy Luke (Scott Eastwood), que a apresenta a um mundo de aventuras e riscos. De forma inesperada, os dois casais vão ter suas vidas cruzadas.

Avaliação: ☻☻☻☺☺ (3/5)           2h19min          George Tillman Jr.

Como vocês já sabem, não sou uma das maiores admiradoras do Nicholas Sparks, e diria que esse filme é só mais um filme de Nicholas Sparks, sendo mais do mesmo, mas como todos os criticos estão falando isso, esse comentário também só seria mais do mesmo. Limito-me a dizer que Uma Longa Jornada é somente um filme que "não cheira nem fede", ou seja, sequer é lembrado depois.

Apesar de não ser a maior fã do tio Nick, sei reconhecer Diário de Uma Paixão como um dos melhores filmes romanticos de todos os tempos, e também a magia de Um Amor Para Recordar, porém, por mais que tente, ele nunca mais conseguiu repetir o feito, e parece que a cada adaptação vai se defazando o arrebatamento. Em Uma Longa Jornada, que o trailer havia me deixado com muita vontade de assisti - ponto para o diretor, o filme não conseguiu me conquistar, eu tinha que me forçar a prestar atenção, pois o filme não conseguia captura-la. Senti falta de mais quimica entre os atores,
certas cenas que geralmente explodem quimica - aliás, tem muito delas nesse filme - foram extremamente frias, nem conseguia torcer muito pelo casal principal - na realidade, eu me empolguei e torci mais pelo secundário... apesar de ser com o Royce de Eclipse.

Nesse filme, como em Diário de Uma Paixão, temos a presença da Segunda Guerra Mundial, e novamente ela não é bem explorada. Será que o Nicholas tem algum trauma com ela? Pois a Segunda Guerra podia trazer muito mais enrredo e drama para a história do que os acontecimentos que a " "grande vilã" chamada vida - ou a ambição, para ser mais especifica. Aliás, como é um Nicholas Sparks é obvio que alguém morre, e
nesse filme o escohido é obvio desde o ínicio e, como o romance, não envolve muito o público, não chega nem perto de levar as lágrimas.

A marca registrada desses filme, e a melhor parte deles quem sabe, é a fotografia, ela geralmente é linda, mas nesse aqui deixou um pouco a desejar, tornou-se mediana, podendo passar tranquilamente despercebida. Algo que me agradou muito nesse foram locações que lembraram os outros filmes,
pareceram referencias, e se foi de proposito ou não, não sei, mas foi muito legal. Aliás, por que sempre tem um lago ou uma praia em todo filme dele? Outra coisa da direção de arte que eu amei foram os quadros, se eu pudesse os teria na minha casa, achei lindos.

A trama não prender, a fotografia mediana e a falta de quimica deram a impressão que o diretor queria se livrar logo do trabalho, e ir para o próximo, como se ele estivesse mais de saco cheio que a diretora de Cinquenta Tons de Cinza ou o diretor de Os Vingadores: Era de Ultron. Ainda falando do diretor, parece que foram feitos muitos cortes, principalmente porque fizeram um fuzuê dizendo que um brasileiro - lindo - estaria nesse filme como melhor amigo do protagonista - gato! - e ele não deu as caras sequer uma vez durante.

Apesar de ter sido duramente criticado por mim aqui, Uma Longa Jornada promete ser o filme perfeito para quem gosta desses romances melosos, causando um bom entreterimento, mas que assim que os créditos começarem a rolar será esquecido.

- Kah

Nenhum comentário:

Postar um comentário