quarta-feira, 5 de março de 2014

Resenha: Convergente - Verônica Roth

Atenção: Essa resenha contém spoilers de Divergente e Insurgente

A sociedade baseada em facções, na qual Tris Prior acreditara um dia, desmoronou – destruída pela violência e por disputas de poder, marcada pela perda e pela traição. Em Convergente, o poderoso desfecho da trilogia de Veronica Roth iniciada com Divergente e Insurgente, a jovem será posta diante de novos desafios e mais uma vez obrigada a fazer escolhas que exigem coragem, fidelidade, sacrifício e amor. O livro, que chega ao Brasil no momento em que Divergente estreia nos cinemas, alcançou o primeiro lugar na lista de bestsellers do The New York Times e foi o título mais vendido pela gigante Amazon no segmento infantojuvenil em 2013.

Avaliação: ☻☻☻☺☺ (3/5)     528 Páginas      Rocco


Eu quero matar a Veronica Roth! Caramba, não consegui nem dormir direito depois que eu terminei o livro, e olha que eu já sabia o final. Por favor, produtores, escritores e futuros diretores dos filmes, mudem isso, eu imploro! kkk'

Depois dos acontecimentos de Insurgente, e Tris e Quatro - eu gosto de chamar ele assim, prefiro assim do que Tobias - exporem o vídeo de Edith Prior e revelarem que existem pessoas lá fora da cerca que colocaram eles ali dentro para que quando tivessem uma população grande de Divergentes eles saíssem para ajuda-los. O problema é que Evelyn Eaton não está gostando muito dessa ideia, não, e proibiu qualquer um de sair da cidade, e também determinou o fim das facções, mas como vocês bem conhecem a Tris e o  Tobias, como eu, sabem que eles não vão obedecer... só que tem um porém, algumas coisas que essa Edith falou no vídeo podem não ser bem daquele jeito.


Esse livro foi como todos os outros Divergentes, eu amei ler, ele me envolveu e quando eu vi eu já tava adorando estar no meio de um Thriller politico, isso pra mim continuou incrível nesse livro, e a explicação deles dada pra toda a situação só me deixou mais apaixonada pelo livro. Eu realmente amei essa distopia, que na realidade se revela só meio distópica pra gente.

Uma coisa que eu sempre preferi em Divergente do que em Jogos Vorazes foi o romance, pra mim em Jogos Vorazes ele parece tão desnecessário e forçado, e em Divergente tão natural e necessário, tão... certo - quem ler o livro, ou já leu, vai dar uma risadinha aqui, vai se lembrar de alguma coisa kk. Se a Katniss e o Peeta não ficassem juntos no final de Jogos Vorazes eu ia pouco me importar, claro, eu iria ficar um pouquinho chateada, mas nada de mais, já em Divergente, pra mim, era mister que o IV e a VI - piadinha, minha gente - ficassem juntos, eles tinham que ter um futuro, eles mereciam, eles se amavam e combinavam em tantas coisas, eles eram o verdadeiro casal perfeito, ele é forte e ela é forte, ele podia as vezes ser um pouco duro ou insensível, mas ela  controlava isso nele; as vezes ela podia ser um pouco receosa e desconfiada de mais, mas ele controlava isso nela, eles mereciam um final feliz, e de certa maneira eles tiveram, se eles não tivessem tido aquele momento antes de tudo eu acho que eu não teria suportado o final.
Bem, eu falei ali em cima que eu já sabia o final do livro bem antes te-lo lido, isso aconteceu porque a escritora disponibilizou um pdf do livro em inglês para alguns leitores antes do lançamento, e esse pdf acabou caindo na internet junto com a revelação do final, que foi passando de "boca em boca" nos blogs de livros e redes sociais. E eu acabei descobrindo assim, um dia eu fui ler uma resenha desse livro, e lá tinha um link para uma postagem que falava do vazamento do pdf - que até o momento eu não sabia - então eu cliquei e no meio da postagem falava que antes do pdf vazou o final do livro na internet - dizia qual era o final - e que tinha sido confirmado que era verdade, que aquele era realmente o final, pela própria escritora. Preciso dizer que eu odiei? Tanto o final, quanto saber ele antes da hora? Eu fiquei chocada com o final e até pensei em não ler esse livro, odiei a Verônica instantaneamente - coitada kk - e agora, só depois de um tempo - e após ter sido lançado no Brasil - é que eu me convenci que eu já estava acostumada com esse final, então tudo bem, eu não ia mais me desesperar... pf! Que nada, fiquei com um nó na garganta o livro todo e quanto mais perto chegava do final, mais eu queria que aquilo não acontecesse e tentava evitar ler o livro. Bem, como eu li o livro já sabendo disso, nesse post vão ter e já tem alguns comentários meus que devem ser selecionados para se poder ler, esses comentários são com esse spoiler, então pra quem já tinha descoberto, igual a mim, o que ia acontecer não vai fazer a minima diferença e quem quiser saber o que acontece selecione o a frase a seguir (por sua responsabilidade): A Tris morre enquanto tenta salvar a cidade dela do Departamento, ela vai no lugar do Caleb e acaba sendo baleada.
Retomando o que eu falei lá em cima da distopia, eu realmente amei toda a explicação que foi dado para as facções e a cidade isolada, o outro lado da cerca, o porque aquilo surgiu... eu achei realmente diferente de todas as outras distopias, e eu já gostava de divergente por ela não ser aquela distopia chata e normal que quase todo livro de distopia que alguém resolve escrever é. Se tem algo que temos que parabenizar a escritora, é por isso, por ela ter uma imaginação e criatividade incrível, claro, ela comete erros durante o livro, coisas que não se encaixam - ela mesma já admitiu isso - mas ela ainda estava, acho eu, saindo da faculdade quando publicou o seu primeiro livro, Divergente, e ainda assim os erros que ela comete a gente mal percebe, e se perceber nem se importa porque o livro faz aquele erro ser irrelevante.

Quando vai chegando perto do final do livro a escritora vai nos deixando felizes, nos dando esperança e nos deixando radiantes e animados, tudo isso só para no ultimo segundo arrancar o nosso coração - pessoa má! - e apesar de que quando isso acontece em algum livro eu ficou totalmente revoltada e brava no inicio dizendo que o livro ficou horrível, que isso estragou o livro e depois que me afasto mais das emoções do livro é que percebo que pode não ter estragado nada - lembram-se na resenha de Como Eu Era Antes de Você? Mesma coisa! - mas nesse livro, mesmo agora enquanto quero socar a Verônica Roth, eu vejo o sentido desse final, que se ele não tivesse sido assim teria sido que nem qualquer outro - eu preferia que fosse como qualquer outro - que ela queria passar uma mensagem - que as pessoas morrem em uma revolução não importa quem seja, e que também ela se sacrificou por um bem maior - mas o jeito como ela fez isso era realmente desnecessário, não precisava ter sido assim, poderia ter acontecido outra coisa, então como já mudaram muita coisa do livro, como a idade dos personagens e outras coisas que eu não lembro, eu realmente espero e torço, com fervor, para que eles mudem isso, eu sei que vai ser uma grande mudança e é muito provável que não mudem, mas não custa sonhar, né?

Como essa é provavelmente a ultima resenha que eu escrevo sobre essa série - apesar de ter um outro livro que é o ponto de vista do Tobias, acho eu, de Divergente ou alguma coisa assim, que eu provavelmente não leria se fosse em outras circunstancias, mas como eu não consigo engolir aquilo como final do livro, vou ler mais alguma coisa nem que seja de antes, mas acho que não vou resenhar, difícil - eu quero falar algo que eu acho que eu não cheguei a comentar nas minhas outras resenhas. Eu admiro a Tris, a coragem que ela tem de tomar as decisões que toma, a capacidade que ela tem de se defender, apesar de ser pequena, o quanto ela é inteligente e consegue conciliar tão bem as virtudes de cada facção, e sinceramente, quando eu "crescer" quero ser igual a Tris, apesar de eu reclamar tanto do quanto eu achei ela "melequenta" em Insurgente - o que só mostrou que ela é humana. Bem, e para finalizar, eu quero comentar sobre o Tobias/Quatro/IV - que estava um pouco diferente neste livro, eu sempre tive a impressão de ele ser uma pessoa dura, meio inalcançável, mas nesse livro, graças aos capítulos intercalados entre ele e a Tris, eu conseguir ver que ele é mais frágil do que eu pensava, que tem sim como alcançar ele, e eu só me "apaixonei" mais por ele.

No spoiler que eu tinha lido do final falava uma outra coisa também, que pra quem leu em outro lugar que não foi nessa resenha provavelmente ta pensando que é verdade, não é tanto que eu não coloquei lá em cima - onde eu "conto" o final - minha explicação pra quem quer saber o que é que não é verdade, ou porque não é verdade segue a seguir (??), marque para ler - só lembrando que isso também ajuda a revelar o final do livro, então se você não quer saber não leiao spoiler que vazou também dizia que a Christina e o Tobias ficavam juntos no final, o que não é verdade, ela e o Tobias não ficam juntos e não tem nada nos leva a acreditar que vão ficar juntos algum dia, pelo contrario, tá obvio que ele ainda não superou a Tris e não consegue ficar muito tempo perto de quem lembra ela, e digamos que a melhor amiga deve lembrar muito ele. Os dois se aproximaram e viraram grandes amigos, mas só isso, e ainda só porque foram unidos pela perda da Tris. Não sei de onde alguém tirou isso!

Essa série tem duas frases que me marcaram muito, a primeira é do primeiro livro - Divergente - tanto que ela está na minha resenha dele (confira aqui - é a segunda) e é uma frase que eu me lembro toda vez que eu estou com medo de fazer alguma coisa, realmente virou uma "lição de vida" pra mim. E a segunda frase é desse ultimo livro - Convergente - e eu não sei por que, mas não sai da minha cabeça.
Ps.: O capitulo Quatro desse livro é narrado pelo Tobias, engraçadinha essa nossa escritora, né?


Imagino que uma chama que queime com tanta intensidade não seja feita para durar.

- Kah.