terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Resenha: Entre o Agora e o Nunca - J. A. Redmerski

Camryn Bennett é uma jovem de 20 anos que desistiu do amor desde que Ian, seu namorado, morreu num acidente de carro há um ano. Sua melhor amiga, Natalie, é a única capaz de animá-la. Mas a relação entre as duas fica abalada quando o namorado de Nat revela à Camryn que está apaixonado por ela. Perdida, sem saber o que fazer, Camryn vai para a rodoviária e pega o primeiro ônibus interestadual, sem se importar com o destino. Com uma carteira, um celular e uma pequena bolsa com alguns itens indispensáveis, Camryn embarca para Idaho.

Mas o que ela não esperava era conhecer Andrew Parrish, um jovem sedutor e misterioso, a caminho para visitar o pai, que está morrendo de câncer. Andrew se aproxima da companheira de viagem, primeiro para protegê-la, mas logo uma conexão irresistível se forma entre os dois. Camryn tenta lutar contra o sentimento, já que jurou nunca mais se apaixonar desde a morte de Ian. Andrew também tenta resistir, motivado pelos próprios segredos.
Narrado em capítulos que alternam as vozes de Andrew e Camryn, "Entre o Agora e o Nunca" é uma história de amor e sexo, na qual os personagens testam seus limites, exploram seus desejos e buscam o caminho que os levará à felicidade.

Avaliação: ☻☻☻☻☻(5/5)        368 Páginas         Suma de Letras


Meu mais novo queridinho! É o novo bebezinho da mamãe (kkk')! Vi esse livro em uma Caixinha do Correio no You Tube falando sobre o enredo e que ele era o novo NA (New Adult) do momento, então eu resolvi ler exatamente pela situação da protagonista e porque eu sempre quis ler uma coisa assim, apesar de ter adiado um pouco por medo de ser meio deprimente - não é, podem ficar tranquilos.

Camryn Bennett não está vivendo um dos seus melhores momentos na vida, não. O namorado dela, Ian, morreu, seus pais se divorciaram, ela foi traída por um namorado step que arrumou, e seu irmão mais velho foi parar na cadeia. A única coisa que ela ainda tem é sua melhor amiga Natalie, mas como nada é ruim o suficiente que não possa piorar, o namorado de Natalie acaba revelando que está apaixonado por ela e essa acaba se tornando a gota d'agua pra ela. Ela embarca em um ônibus para o primeiro lugar que vem na sua cabeça, e nessa viagem ela acaba conhecendo Andrew Parrish.

Tudo o que foge às expectativas normais deixa as pessoas desorientadas.

A Camryn é a personagem que eu torcia para que ela fosse, forte, ferida pela morte do namorado, e que não quer mais saber do amor. Eu até me vi ficando igual a ela se isso acontecesse comigo, também talvez não conseguisse nunca mais derramar nenhuma lágrima. E essa parte dela de querer mochilar por aí, sem direção, indo até cansar também fez eu me identificar um pouco com ela, sempre quis fazer isso, por o pé na estrada e só ir. Resumindo, ela me pareceu uma personagem bastante real e, realmente, uma pessoa de verdade, não uma criatura fictícia. O que eu mais gostei no Andrew foi ele não ter um aspecto de Bad Boy, ele não ser um bad boy, mas também não ser um tongo que é tão certinho que dá vontade de bater. Ele tem um equilíbrio, e foi isso que me fez amar ele.

A Natalie me fez querer ser amiga dela mais que sei lá o que no inicio, mas depois me deixou a odiando e depois a compreendendo e amando. O Damon é um babaca completo que eu odeio mais que sei lá o que, e nunca prestou mesmo pelo jeito.

Antes que eu me esqueça eu tenho que falar que eu amei essa capa, adorei a arte dela, o efeito da foto, a trança e eu vou tentar fazer uma foto assim um dia, claro que eu não sou loira, mas vou fazer o meu melhor na hora.


— Apenas que ficar se prendendo e planejando é besteira… Se você fica se prendendo no passado, não consegue seguir em frente. Se passa muito tempo planejando o futuro, você se empurra pra trás ou fica estagnada no mesmo lugar a vida toda… Viva o momento, aqui, onde tudo está certo, vá com calma e limite suas más lembranças e você chegará ao seu destino, seja qual for, muito mais rápido e com menos acidentes de percurso.


Perde uma pessoa jovem já é uma desgraça que abala todo mundo, e quando ele é o seu namorado eu nem sei o que dizer, tenho certeza que a dor é horrível, até porque você não vai saber se vocês teriam dado certo ou terminado, mas isso deve ser ainda pior quando você já tinha planos com ele, e planos que estavam prestes a se realizar. Com isso você acaba perdendo o seu presente e deixada sem saber o que fazer no seu futuro, tudo parece que é arrancado de você. É assim que a gente é introduzido a história, sem nada a perder, e acaba ganhando o Andrew um cara que é incrível e realista, que nos ensina a viver impulsivamente só aproveitando o presente sem planejar o que vem a seguir. No final a história e o próprio Adrew faz a gente se perguntar: Por que eu tenho que acordar e fazer tudo exatamente igual todo dia? Isso é viver ou é ser um robô? Estou vivendo por mim ou pelas expectativas dos outros?

O livro é muito bem escrito, a J.A. Redmerski ganhou uma fã, pode ter certeza disso. Ela escreve tão bem que nos passa frases lindas e reflexivas sobre a vida no meio de uma fala que a gente nem nota, mas ela acaba ficando gravada no nosso cérebro e nos passando a mensagem que queria. Além das frases mais que perfeitas - como diria minha amiga - esse livro também tem as frases normais de um NA protagonizadas por um mocinho que nos faz rolar os olhos e dizer "tinha que ser!". Leitura super gostosa que prende e te faz querer ficar ali lendo pra sempre, sem querer que o final chegue e também sem se desesperar para saber o que vai acontecer.

O livro é narrado intercaladamente pela Camryn e pelo Andrew, isso nos permite saber as angustias de cada um e porque cada um tenta evitar o relacionamento eminente. Também nos permite saber que o Andrew tem uma coisa que não quer contar pra Camryn, e isso acaba se tornando o mistério e a força motriz da segunda metade pro final do livro. E também é ele que nos leva ao lindo final do livro, que eu amei, e achei que não poderia ser melhor. Quanto mais perto chegava de revelar o segredo do Andrew, meu coração ia ficando mais apertado, a ponto de eu começar a gritar "não, não, não!" porque eu achava que já sabia o que era, e eu tava certa. Queria comentar mais sobre o final, mas não posso, porque se não vira spoiler - podem ter certeza que na Resenha da continuação eu vou comentar - e a única coisa que eu posso dizer é que eu adorei todos os sentimentos que o final desse livro me fez sentir, eu SEMPRE quis ler algo assim e esse livro superou todas as minhas expectativas.

- Ta apaixonada por mim, Camryn Bennett?
- Ainda não, mas to chegando lá.
- Você é uma bela duma mentirosa
- É, eu sei. Eu sei....

Esse livro não é um NA comum onde os dois personagens principais tem bagagem emocional e juntos acabam "se consertando". Não, não é assim, até porque a bagagem dele é muito mais fácil de acontecer com a gente do que a dos outros livros - e sim, eu também acho a Camryn muito azarada - ele faz a gente pensar, ele nos mostra a vida, nos dá a luz no fim do túnel e nos é real. Ele tem todos os elementos de um NA - o mocinho lido, a mocinha bonitinha, a atração, sexo (de um jeito leve, isso não é 50 tons de cinza, nem Belo Desastre, e nem Paixão sem Limites também) e palavrão - mas ele também tem os elementos que tornam um livro, mais que um livro, algo especial e não só um hobby. Nele você ira encontrar um NA com um quê de A Culpa é das Estrelas, mas não em relação a história, mas sim em relação a essa "magia" que tem no livro e o torna ele especial. Esse é o exemplo perfeito de livro que não subestima o leitor. Também vale frisar que A Culpa é das Estrelas é um YA, então se você gosta de coisas assim, mas um pouco mais adultas, esse é o livro perfeito.

Ah, escrevam o que eu vou dizer sobre esse livro: Ele vai virar modinha, talvez no final do ano, mas vai. Ele tem uma continuação chama Entre o Agora e o Sempre que dever ser lançada aqui no Brasil em Abril, e eu devo confessar que estou como medo de ler e estragar a série, porque pra mim não era necessário outro livro, mas vai que né? kkkk'


Teu melhor amigo, não importa o que te faça ou o quanto te magoe, só magoa tanto porque ele é teu melhor amigo. E ninguém é perfeito. Erros foram feitos para serem perdoados pelo melhor amigo; é isso que torna alguém oficialmente o melhor amigo
Não se sinta culpada por não ter dito que me amava. Não precisava dizer. Eu sabia disso o tempo todo
Bjs, Kah.