quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Blogagem Coletiva: Vida virtual

Na internet nos é permitida uma vida a parte, onde você pode ser o que quiser, fazer o que quiser sem julgamentos e passado. E caso algo aconteça é só você mudar seu Nick e pronto, um novo recomeço, todas as escolhas para serem tomadas de novo. Esse é o mundo virtual, com suas redes sociais e tudo mais, onde grande parte dos adolescentes vivem hoje em dia, e alguns acabam até abrindo totalmente a mão de uma vida social para viver só nessa fantasia virtual.
Você, seja eles adolescente, maior de 18 anos ou até mesmo criança, têm abrido mão de viver a vida para ficar horas e horas na frente do computador atualizando status de Twitter, de Facebook como se aquilo fosse as experiencias que você adquirisse na vida. Fica fazendo amigos e namorados virtuais como se fosse na vida real "Mas eles são de verdade!" Ok... mas só até um certo ponto, porque você não pode chorar no ombro de algum amigo virtual, não pode beijar um namorado virtual, afinal como você vai namorar uma pessoa que você nunca viu na vida? Como você vai amar essa pessoa? "Do mesmo jeito que sua mãe amou você nove meses antes de você nascer" Primeiro, tem uma grande diferença ai, a sua mãe te sentia dentro dela, você era um pedaço dela, e amor de mãe, é um amor que não dá nem para se comparar com qualquer brincadeirinha de criança -sim, é isso que eu considero namoro virtual-, sem comentar que a sua mãe sabia o que você tava sabendo e que você existia. Sim, agora fomos para uma discussão que diz que muitas vezes esses namorados te fazem de trouxa ou não existem - não, isso aqui não é um daqueles discursos chatos dos nossos pais sobre pedófilos na internet. Seu namorado virtual pode muito bem ser um fake que só quer rir da sua cara, ou realmente ser uma pessoa que quer fazer algo pior com você! E essas pessoas só vão se aproximar de você porque você se expôs de mais na internet, fazendo tudo como se estivesse no seu colégio e você fosse a popular que você critica, fala mal, mas na verdade queria era ser igual a ela.
Você se joga de cabeça no mundo virtual porque na verdade tem inveja de, digamos, a garota mais popular do colégio, aquela que você fala mal o tempo todo porque na verdade é dor-de-cotovelo já que fez de tudo para conseguir pelo menos ganhar a atenção dela, e ela se quer olhou na sua cara e continuou rindo e até falando mal de você, então sua outro estrategia foi tentar ser igual falando mal dela para todo mundo, mas não deu certo você ainda não virou o que queria, então se jogou na internet e no mundo que ela poderia lhe oferecer tentando pelo menos nela ser popular do jeito que você quis, mas ai você resolve sair daquelas redes sociais onde só tem o pessoal do colégio, da cidade, e aqueles amigos virtuais que você acha que tem, e vai pra uma rede social onde você realmente vá conhecer pessoas novas como o Tumblr e vê que lá também tem a sua hierarquia.
Em redes sociais que realmente se parecem com o mundo real, como o Tumblr, nós também temos os populares, os invisíveis, os que sofrem Bullying, e toda aquela estrutura do colégio, só que na internet... e então você comete todos os seus erros novamente tetando ser popular lá, tentando fica famoso e que ali não tem como você fugir porque você se expôs muito, todas as pessoas que você conheceu, criticou e invejou sabem todas as formas de te encontrar virtualmente e a unica forma de fugir seria excluindo qualquer forma de contato, morrendo virtualmente. Quando a situação chega a esse ponto, é ai que você nota que ligou de mais pra que os outros iriam pensar de você, ligou de mais sobre que posição as pessoas dariam a você e esqueceu o que realmente te importava lá no inicio, até mesmo quando você era criança, que o que te importava era ser feliz, era sorrir e gostar do que você era e fazia, então você cria um mundo só para você, um blog, onde você vai poder ser quem quiser, falar o que quiser, ser você, e também ser a única pessoa a se meter na sua vida e te julgar. Os outros vão continuar falando, mas você não vai querer saber porque agora você tem o seu mundo, porque agora você achou o seu lugar.
Se isso é uma auto-biografia? Pode ser, como também pode não ser... Quem vai saber?
Esse texto faz parte da Blogagem Coletiva promovida no Depois dos Quinze.

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